domingo, 28 de agosto de 2011

Educação Pública

Já faz algum tempo que há um desgastante debate acerca da Escola Pública. Não me refiro a apenas escolas do primário ou dos ensinos fundamental e médio. Mas da creche até a Universidade. Muitos políticos, sociólogos entre outros estudiosos do assunto, acreditam que a melhor forma de haver uma valorização e, consequentemente, maior investimento na escola pública, é tê-la como direito "apenas" dos mais carentes. Ou seja, se o estudante quiser ingressar nesse tipo de escola, deve comprovar não ter condições de pagar uma privada. Ou, mesmo tendo condições financeiras superiores, matricular seus dependentes nos primeiros anos na escola pública para garantir sua vaga em uma das super concorridas Universidades Públicas do Brasil.
Agora, por que estou falando isso?
Deixa eu explicar melhor.
Há muito sabemos que as pessoas que mais ingressam nas Universidades Públicas são vindas do ensino privado. São de classe média e alta. Devido a isso, originaram-se as políticas de cotas: cotas para negros e para oriundos de escolas públicas, por exemplo. Foi uma maneira de tentar "garantir" o ingressos dos menos afortunados ao ensino superior público e gratuito.
Por causa disso, muitos das classes médias estão matriculando seus filhos, pelo menos, no Ensino Médio, de Escolas Públicas Estaduais e Municipais para terem maiores chances de entrar nessas mesmas Universidades Federais e Estaduais, só que utilizando a cota de alunos oriundos do ensino público.
É mais uma forma de burlar a lei e passar por cima de outros competidores que passaram toda a sua vida em escolas públicas e, por conseguinte, tendo menos condições de passarem em um vestibular. Não por falta de competência ou compromisso dos educadores, mas por falta de condições de trabalho a que nós somos submetidos cotidianamente.
Então, se a escola pública em todos os seus níveis fosse direcionada aos mais pobres, com certeza a concorrência seria mais justa e abriria mais vagas àquelas pessoas que precisam se aprimorar para ingressarem no mercado de trabalho, cada vez mais competitivo, com chances reais de serem contratados.
Por outro lado, se apenas os mais carentes tivessem acesso ao Ensino Público em todos os níveis, será que continuariam os mesmos investimentos que, ainda, as Universidades Públicas recebem? Será que esses investimentos existem por terem matriculados em seus cursos pessoas de nível econômico superior?
Precisamos, muito, pensar sobre isso.
E se cobrarmos mensalidades ou taxas daqueles que, por sua origem social, poderiam pagar sem problemas financeiros? Que consequências seriam geradas com essa medida?
Há também uma ideia de se obrigar os políticos matricularem seus dependentes em escolas públicas para se garantir um melhor investimento, desde a creche à universidade. Pense nisso.
Estão para haver muitas mudanças e precisamos estar "antenados", examinando e refletindo desde já para que não sejamos pegos de surpresa.
Há uma enquete ao lado sobre essa questão. Reflita, responda e acredite que só através de uma educação de  qualidade para todos e todas o futuro estará cada vez mais próximo de nós, brasileiros e brasileiras.

2 comentários:

  1. muito bem colocado , é um problema a ser discutido com mais seriedade no senado federal . PS : PARABÉNS POR PASSAR NO CONCURSO , A TURMA TODA ESTA COM SAUDADES . ASS : GLEIDSON FELIPE , ALUNO DO REITOR JOÃO ALFREDO

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  2. Educação deve ser pública, gratuita e qualitativamente igualitária para todos.

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