quinta-feira, 28 de julho de 2011

Vestibular UPE 2012

Não percam a data, hein? A partir de segunda-feira, dia 01 de Agosto, começam as inscrições para o vestibular da UPE. Vocês tem até o dia 30 de Agosto para efetuarem a inscrição. Estudantes vindos do ensino público concorrem às vagas de cotistas. Podem também solicitar isenção da taxa de inscrição que é no valor de R$ 110,00. Portanto, não percam tempo, inscrevam-se, estudem e boa sorte!!! Um abraço a todos.

CLIQUE NO TÍTULO E FAÇA SUA INSCRIÇÃO.

domingo, 24 de julho de 2011

Onde ou Aonde? Eis a questão.

Olá, pessoal. Em primeiro lugar, para começarmos a analisar esta questão, vamos curtir um pouco de um samba do famoso AGEPÊ, que já nos deixou, infelizmente, há alguns anos. Mas, mesmo assim, por sua qualidade musical e de composição, ainda é lembrado e admirado.


Aqui está a letra desse lindo samba, estilo musical que vem ganhando mais espaço nas músicas, contudo perdendo suas características originais.

Moro onde não mora ninguém
Onde não passa ninguém
Onde não vive ninguém
É lá onde moro
E eu me sinto bem
Moro onde moro ....
Não tem bloco na rua
Não tem carnaval
Mas não saio de lá
Meu passarinho me canta a mais linda
Cantiga que há
Coisas lindas vem do lado de lá
Coisas lindas vem do lado de lá
Moro onde moro ... (eu também moro...)
Uma casinha branca
No alto da serra
Um coqueiro do lado
Um cachorro magro amarrado
Um fogão de lenha, todo enfumaçado
É lá onde moro
Aonde não passa ninguém
É lá que eu vivo sem guerra
É lá que eu me sinto bem
Bem, vamos ao nosso problema. Muita gente falante de nosso idioma, utiliza os advérbios ONDE e AONDE de forma inadequada, exatamente por não saber qual usar. Hoje, existe uma moda ou mania de sempre se utilizar o AONDE, indiscriminadamente. Não importa o sentido. Apenas, usa-se. 
Claro que devemos respeitar os falares populares. Nossa língua é viva, como todas as outras e suas transformações sempre ocorreram e continuarão ocorrendo. No entanto, devemos saber, de acordo com a norma culta, uma vez que é a norma de prestígio social, quando e como utilizar nossos vocábulos, em determinados momentos.
Se estamos entre amigos, não há problema de se utilizar a forma própria do seu contexto social de se comunicar. Mas se estamos diante de alguém ou em ambiente que se prestigia a norma padrão do nosso idioma, por que não usá-la?
Lembrando que um falante competente em um idioma não é só o que detem um tipo de norma, mas é aquele que consegue se comunicar plenamente independentemente do meio e da situação em que se encontra. Então, nunca é demais aprendermos algo a respeito de nossa língua.
Bem, voltando ao nosso assunto de hoje, toda vez que AGEPÊ refere-se ao lugar em que ele se encontra, utiliza o advérbio ONDE. Por que será que ele não usa o AONDE? Sempre diz: "Moro ONDE não mora ninguém, ONDE não passa ninguém, ONDE não vive ninguém..." Tanto um quanto o outro são advérbios que designam lugar.

Segundo os dicionários, de forma geral, temos as seguintes definições:
ONDE: utiliza-se em frases interrogativas e especializando situações locativas estáticas. (sem dar ideia de movimento)
AONDE: ao lugar que (em que direção); para o lugar que (para que direção); para qual lugar. (dá ideia de movimento).
Segundo os gramáticos, devemos utilizar AONDE com verbos que indicam a ideia de movimento. Como, por exemplo, os verbos IR, CHEGAR, DIRIGIR-SE ou LEVAR.

Se AGEPÊ refere-se a um lugar estático (parado), ele deve usar ONDE. Ele não está se movimentando para lá. Ele está parado, falando de um lugar ONDE ele mora.
Porém, se ele perguntasse a alguém que estava indo a algum lugar, faria a seguinte questão: Você vai aonde? Nesse caso, a pessoa estaria em movimento.

Concluindo, se é ideia de movimento: AONDE. Se é ideia de lugar estático (parado): ONDE.



Bem, no vídeo acima, o grupo Raça Negra utiliza o ONDE e o AONDE na letra dessa tão famosa canção. Sem tirar o mérito, pois não há dúvidas de que se trata de uma bela composição, ele emprega os referidos advérbios fugindo às regras da Norma Padrão. Nesse caso, ele usa a Licença Poética e a forma popular de se comunicar.

Aqui está a letra.

Amor igual ao teu
Eu nunca mais terei
Amor que eu nunca vi igual
Que eu nunca mais verei
Amor que não se pede
Amor que não se mede
Que não se repete
Amor que não se pede
Amor que não se mede
Que não se repete
Amor igual ao teu
Eu nunca mais terei
Amor que eu nunca vi igual
Que eu nunca mais verei
Amor que não se pede
Amor que não se mede
Que não se repete
Amor
Você vai chegar em casa
Eu quero abrir a porta
Aonde você mora?
Aonde você foi morar?
Aonde foi?
Não quero estar de fora
Aonde está você?
Eu tive que ir embora
Mesmo querendo ficar
Agora eu sei
Eu sei que eu fui embora
Agora eu quero você
De volta para mim
Amor igual ao teu
Eu nunca mais terei
Amor que eu nunca vi igual
Que eu nunca mais verei
Amor que não se pede
Amor que não se mede
Que não se repete
Amor que não se pede
Amor que não se mede
Que não se repete
Amor igual ao teu
Eu nunca mais terei
Amor que eu nunca vi igual
Que eu nunca mais verei
Amor que não se pede
Amor que não se mede
Que não se repete
Você vai chegar em casa
Eu quero abrir a porta
Aonde você mora?
Aonde você foi morar?
Aonde foi?
Não quero estar de fora
Aonde está você?
Eu tive que ir embora
Mesmo querendo ficar
Agora eu sei
Eu sei que eu fui embora
Agora eu quero você
De volta para mim
Amor igual ao teu
Eu nunca mais terei
Amor que eu nunca vi igual
Que eu nunca mais, nunca mais
Eu nunca, nunca, nunca, nunca, nunca, nunca, nunca, nunca, nunca, nunca, nunca mais terei...

sábado, 16 de julho de 2011

Saber Ler


Quando se fala em "Saber ler" muitos pensam em entender o que está escrito ou o que se é mostrado em fotos, figuras ou vídeos. Na verdade, Ler é muito mais do que "entender" o que está escrito, ou pintado, ou fotografado, ou mostrado através de vídeo ou de qualquer outra forma de mídia. É analisar criticamente. Quando sabemos ler, procuramos entender, analisar e reconstruir o significado da mensagem que está sendo veiculada. 
Trouxe um exemplo de dois vídeos sobre as sandálias Havaianas. Aquelas que "não desbotam, não soltam as tiras e não têm cheiro". Lembram? Só que, apesar de ser uma marca internacionalmente conhecida, sua publicidade está baseada em preconceitos ou, no mínimo, falta de conhecimento sobre o nosso país através de equívocos consolidados pelo tempo. Assista ao vídeo abaixo amplamente veiculado na tv e analise comigo alguns pontos muito importantes sobre a ideia que se está passando do povo brasileiro.


1º Ponto: A primeira foto a ser mostrada em referência ao Brasil é a do Cristo Redentor. Tudo bem que é considerado um dos mais belos monumentos do mundo. Claro que concordo que o Rio de Janeiro é uma das mais belas cidades do planeta. Mas por que é preciso sempre focar a propaganda do Brasil em cidades do Sudeste ou do Sul? Por que não valorizar as praias "sempre quentes" do Nordeste? Por que não exaltar a esplendorosa natureza, ainda conservada, da Amazônia?

2º Ponto: Ela (a francesa) olha para a foto de um passista negro (também carioca) e diz que o brasileiro "é o povo mais feliz do planeta". Poxa vida!!! Só morando na Europa e ser totalmente alienada para se ter uma ideia dessas. Mas essa AINDA é a visão dos estrangeiros (europeus e norteamericanos, principalmente) em achar que somos o povo mais "feliz" do mundo por termos samba, frevo e outros estilos musicais. Na verdade, somos mundialmente conhecidos pelo Carnaval e pelas lindas mulatas. Somos, sim, ricos culturalmente. Somos um povo democrático, onde a miscigenação racial e cultural impera por todo o território brasileiro. Mas também somos um povo sofrido por causa das injustiças, das discriminações, da miséria, do analfabetismo, da falta de investimento em Educação, Segurança, Saúde; também por causa dos corruptos que continuam sugando nosso dinheiro. Contudo, somos um povo que não se deixa abater; somos trabalhadores e batalhadores, que matamos um leão todo dia para sobrevivermos e procuramos, sim, ser felizes apesar de todos os problemas que nos afligem. Então, essa ideia de sermos felizes apresentando um sambista do carnaval carioca é totalmente equivocada ou incompleta.

3º Ponto: A moça decidir vir ao Brasil para passar sua Lua de Mel por  ter em nosso país todos os modelos das Havaianas é, no mínimo, cruel com o noivo dela. Em vez de vir ao Brasil para curtir junto com seu noivo os primeiros momentos do casamento, levando para sua terra natal recordações inesquecíveis, românticas, de um país lindo, com uma cultura inigualável etc, ela pretende vir ao nosso país para comprar "todos" os modelos das sandálias Havaianas. Como dizem: o importante é o "CARA TER".

4º Ponto: A revista que ela está folheando, falando do Brasil, mostra outro "produto nacional": a bela mulher brasileira. Ainda mais de costas, mostrando a "preferência nacional". Isso é, intencionalmente ou não, exploração sexual feminina. Mais uma vez, usa-se a mulher para chamar estrangeiros para o "turismo sexual". E essa propaganda aproveita-se disso. INFELIZMENTE!!! E, com isso, a francesinha desiste de vir ao Brasil para levar o seu noivo a uma outra cidade europeia, Veneza. Será ciúme, será inveja das brasileiras? Ou mera falta de informação? Veja o quanto de desinformação essa propaganda está veiculando. Por isso, devemos estar sempre atentos com as informações que nos chegam a todo instante pelos mais diversificados meios de comunicação. CUIDADO!!! Muitas delas são altamente destrutivas!!! Precisamos entender, analisar e criticar para compreendermos plenamente, a cada instante, o que chega aos nossos olhos e ouvidos para podermos ser cidadãos ativos e construirmos um mundo melhor.

Agora, vamos curtir alguns personagens do grande humorista nordestino Chico Anysio, o eterno "garoto propaganda" das Sandálias Havaianas.

P.S.: Assista com atenção, analise e construa sua compreensão!!! Um abraço a todos!!!


quarta-feira, 13 de julho de 2011

Será que seria assim?

A paródia é um gênero literário que se utiliza de uma frase ou de um texto alheio, mesmo pertencente a um outro gênero e o desenvolve aproveitando sua ideia, mas com características humorísticas. Também serve para abrir uma reflexão sobre algo de maneira leve, contudo objetiva e bastante clara, mostrando a visão do autor da paródia em relação a um fato a ser analisado por ele. Vejamos abaixo um bom exemplo disso:

Nem o Senhor Jesus aguentaria ser um professor nos dias de hoje.....O Sermão da montanha (*versão para educadores*)
Naquele tempo, Jesus subiu a um monte seguido pela multidão e, sentado
sobre uma grande pedra, deixou que os seus discípulos e seguidores se aproximassem.

Ele os preparava para serem os educadores capazes de transmitir a lição da Boa Nova a todos os homens.

Tomando a palavra, disse-lhes:
- Em verdade, em verdade vos digo:

- Felizes os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.
- Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
- Felizes os misericordiosos, porque eles...?

Pedro o interrompeu:

- Mestre, vamos ter que saber isso de cor?

André perguntou:
- É pra copiar?

Filipe lamentou-se:
- Esqueci meu papiro!

Bartolomeu quis saber:
- Vai cair na prova?

João levantou a mão:
- Posso ir ao banheiro?

Judas Iscariotes resmungou:

- O que é que a gente vai ganhar com isso?

Judas Tadeu defendeu-se:
- Foi o outro Judas que perguntou!

Tomé questionou:
- Tem uma fórmula pra provar que isso tá certo?

Tiago Maior indagou:
- Vai valer nota?

Tiago Menor reclamou:
- Não ouvi nada, com esse grandão na minha frente.

Simão Zelote gritou, nervoso:
- Mas porque é que não dá logo a resposta e pronto!?

Mateus queixou-se:
- Eu não entendi nada, ninguém entendeu nada!

Um dos fariseus, que nunca tinha estado diante de uma multidão nem ensinado nada a ninguém, tomou a palavra e dirigiu-se a Jesus, dizendo:
- Isso que o senhor está fazendo é uma aula?
- Onde está o seu plano de curso e a avaliação diagnóstica?
- Quais são os objetivos gerais e específicos?
- Quais são as suas estratégias para recuperação dos conhecimentos prévios?

Caifás emendou:
- Fez uma programação que inclua os temas transversais e atividades integradoras com outras disciplinas?
- E os espaços para incluir os parâmetros curriculares gerais?
- Elaborou os conteúdos conceituais, processuais e atitudinais?

Pilatos, sentado lá no fundão, disse a Jesus:
- Quero ver as avaliações da primeira, segunda e terceira etapas e reservo-me o direito de, ao final, aumentar as notas dos seus discípulos para que se cumpram as promessas do Imperador de um ensino de qualidade.
- Nem pensar em números e estatísticas que coloquem em dúvida a eficácia do nosso projeto.
- E vê lá se não vai reprovar alguém!

E, foi nesse momento que Jesus disse: "Senhor, por que me abandonastes..."


terça-feira, 12 de julho de 2011

Punição para a Indisciplina

É fato e todos sabem que a indisciplina nas escolas públicas e privadas de nosso país tem chegado a níveis insuportáveis. Não há maneiras de se chegar ao objetivo de um ensino de qualidade se os próprios estudantes estão sendo levados por uma onda enorme de violência cotidianamente, que só tem atrapalhado todo o processo de ensino - aprendizagem que possa existir em um ambiente escolar.
Não podemos deixar que isso continue. Temos que tomar atitudes drásticas e urgentes para, pelo menos, dirimir esse gravíssimo problema que tem destruído toda conviência nas escolas por todo do Brasil.
No texto abaixo vamos conhecer um projeto que está em tramitação no Congresso Nacional que irá modificar algumas cláusulas do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), fazendo com que haja punição disciplinar motivada pela indisciplinar escolar.
Não é por ser coisa do passado, mas precisamos voltar a respeitar com dignidade os educadores de todo o país, pois sem os mesmos, como haveria ou haverá um país civilizado, preparado em todos os sentidos para um futuro de mudanças que podem levar o Brasil a um patamar especial perante as demais nações?

Leia atentamente:

A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 267/11, da deputada Cida Borghetti (PP-PR), que estabelece punições para estudantes que desrespeitarem professores ou violarem regras éticas e de comportamento de instituições de ensino. 

Em caso de descumprimento, o estudante infrator ficará sujeito a suspensão e, na hipótese de reincidência grave, encaminhamento à autoridade judiciária competente. 

A proposta muda o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) para incluir o respeito aos códigos de ética e de conduta como responsabilidade e dever da criança e do adolescente na condição de estudante.  

Indisciplina
De acordo com a autora, a indisciplina em sala de aula tornou-se algo rotineiro nas escolas brasileiras e o número de casos de violência contra professores aumenta assustadoramente. Ela diz que, além dos episódios de violência física contra os educadores, há casos de agressões verbais, que, em muitos casos, acabam sem punição.

O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.


Quando eu era estudante do ensino médio, os meus professores me serviam de referência, era possível ser amiga deles. Ao mesmo tempo em que podíamos brincar com eles, havia um respeito enorme por aqueles que nos ensinavam um pouco mais dia a dia. É muito triste perceber que o desrespeito e a violência ao professor imperam no dia de hoje.

Amannda Oliveira

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Um Grande Exemplo !!!

Acho que todos estão lembrados, ou pelo menos, não deveriam ter esquecido da Professora Amanda Gurgel, que foi noticiada no Fantástico e esteve, por um tempo, nas mídias de todo o Brasil por ter posto um vídeo no youtube para ser divulgado amplamente o seu legítimo pensamento em defesa dos professores e de uma educação pública de qualidade. Esse vídeo está em minha postagem com o título "Discurso da Professora Amanda Gurgel". Quem não assistiu ainda, não perca essa oportunidade. Bem, essa mesma professora recebeu um prêmio importantíssimo na área educacional em nosso país, onde grandes personalidades como Fernando Henrique Cardoso já o receberam, além de empresas da Rede Globo. Mesmo assim, ela o RECUSOU, dando justificativas que nos fazem ter ainda mais orgulho dessa batalhadora da educação que tão bem nos representa (professores e trabalhadores da educação) e que serve de exemplo, na verdade, de Um Grande Exemplo de cidadã brasileira. Confira abaixo a carta que essa digna professora escreveu à empresa que quis lhe premiar.

Natal, 02 de julho de 2011

Prezado júri do 19º Prêmio PNBE,

Recebi comunicado notificando que este júri decidiu conferir-me o prêmio de 2011 na categoria Educador de Valor, “pela relevante posição a favor da dignidade humana e o amor a educação”. A premiação é importante reconhecimento do movimento reivindicativo dos professores, de seu papel central no processo educativo e na vida de nosso país. A dramática situação na qual se encontra hoje a escola brasileira tem acarretado uma inédita desvalorização do trabalho docente. Os salários aviltantes, as péssimas condições de trabalho, as absurdas exigências por parte das secretarias e do Ministério da Educação fazem com que seja cada vez maior o número de professores talentosos que após um curto e angustiante período de exercício da docência exonera-se em busca de melhores condições de vida e trabalho.

Embora exista desde 1994 esta é a primeira vez que esse prêmio é destinado a uma professora comprometida com o movimento reivindicativo de sua categoria. Evidenciando suas prioridades, esse mesmo prêmio foi antes de mim destinado à Fundação Bradesco, à Fundação Victor Civita (editora Abril), ao Canal Futura (mantido pela Rede Globo) e a empresários da educação. Em categorias diferentes também foram agraciadas com ele corporações como Banco Itaú, Embraer, Natura Cosméticos, McDonald's, Brasil Telecon e Casas Bahia, bem como a políticos tradicionais como Fernando Henrique Cardoso, Pedro Simon, Gabriel Chalita e Marina Silva.

A minha luta é muito diferente dessas instituições, empresas e personalidades. Minha luta é igual a de milhares de professores da rede pública. É um combate pelo ensino público, gratuito e de qualidade, pela valorização do trabalho docente e para que 10% do Produto Interno Bruto seja destinado imediatamente para a educação. Os pressupostos dessa luta são diametralmente diferentes daqueles que norteiam o PNBE. Entidade empresarial fundada no final da década de 1980, esta manteve sempre seu compromisso com a economia de mercado. Assim como o movimento dos professores sou contrária à mercantilização do ensino e ao modelo empreendedorista defendido pelo PNBE. A educação não é uma mercadoria, mas um direito inalienável de todo ser humano. Ela não é uma atividade que possa ser gerenciada por meio de um modelo empresarial, mas um bem público que deve ser administrado de modo eficiente e sem perder de vista sua finalidade.

Oponho-me à privatização da educação, às parcerias empresa-escola e às chamadas “organizações da sociedade civil de interesse público” (Oscips), utilizadas para desobrigar o Estado de seu dever para com o ensino público. Defendo que 10% do PIB seja destinado exclusivamente para instituições educacionais estatais e gratuitas. Não quero que nenhum centavo seja dirigido para organizações que se autodenominam amigas ou parceiras da escola, mas que encaram estas apenas como uma oportunidade de marketing ou, simplesmente, de negócios e desoneração fiscal.

Por essa razão, não posso aceitar esse Prêmio. Aceitá-lo significaria renunciar a tudo por que tenho lutado desde 2001, quando ingressei em uma Universidade pública, que era gradativamente privatizada, muito embora somente dez anos depois, por força da internet, a minha voz tenha sido ouvida, ecoando a voz de milhões de trabalhadores e estudantes do Brasil inteiro que hoje compartilham comigo suas angústias históricas. Prefiro, então, recusá-lo e ficar com meus ideais, ao lado de meus companheiros e longe dos empresários da educação.

Saudações,

Professora Amanda Gurgel

domingo, 10 de julho de 2011

Quem entende as mulheres?

Nesse pequeno texto, temos um bom exemplo de quanto é difícil entender as mulheres. Graças a Deus...

Complexidade feminina!

    M - Onde você vai?
    H - Vou sair um pouco.
    M - Vai de carro?
    H - Sim.
    M - Tem gasolina?
    H - Sim... coloquei.
    M - Vai demorar?
    H - Não... coisa de uma hora.
    M - Vai a algum lugar específico?
    H - Não... só rodar por aí.
    M - Não prefere ir a pé?
    H - Não... vou de carro.
    M - Traz um sorvete pra mim!
    H - Trago... que sabor?
    M - Manga.
    H - Ok... na volta eu passo e compro.
    M - Na volta?
    H - Sim... senão derrete.
    M - Passa lá, compra e deixa aqui.
    H - Não... melhor não! Na volta... é rápido!
    M - Ahhhhh!
    H - Quando eu voltar eu tomo com você!
    M - Mas você não gosta de manga!
    H - Eu compro outro... de outro sabor.
    M - Aí fica caro.. traz de cupuaçu!
    H - Eu não gosto também.
    M - Traz de chocolate.. nós dois gostamos.
    H - Ok! Beijo... volto logo...
    M - Ei!
    H - O que?
    M - Chocolate não... Flocos...
    H - Não gosto de flocos!
    M - Então traz de manga prá mim e o que quiser prá você.
    H - Foi o que sugeri desde o começo!
    M - Você está sendo irônico?
    H - Não... tô não! Vou indo.
    M - Vem aqui me dar um beijo de despedida!
    H - Querida! Eu volto logo... depois.
    M - Depois não... quero agora!
    H - Tá bom! (Beijo.)
    M - Vai com o seu ou com o meu carro?
    H - Com o meu.
    M - Vai com o meu... tem cd player... o seu não!
    H - Não vou ouvir música... vou espairecer...
    M - Tá precisando?
    H - Não sei... vou ver quando sair!
    M - Demora não!
    H - É rápido... (Abre a porta de casa.)
     M - Ei!
    H - Que foi agora?
    M - Nossa!!! Que grosso! Vai embora!
    H - Calma... estou tentando sair e não consigo!
    M - Porque quer ir sozinho? Vai encontrar alguém?
    H - O que quer dizer?
    M - Nada... nada não!
    H - Vem cá... acha que estou te traindo?
    M - Não... claro que não... mas sabe como é?
    H - Como é o quê?
    M - Homens!
    H - Generalizando ou falando de mim?
    M - Generalizando.
    H - Então não é meu caso... sabe que eu não faria isso!
    M - Tá bom... então vai.
    H - Vou.
    M - Ei!
    H - Que foi, cacete?
    M - Leva o celular, estúpido!
    H - Prá quê? Prá você ficar me ligando?
    M - Não... caso aconteça algo, estará com celular.
    H - Não... pode deixar...
    M - Olha... desculpa pela desconfiança... estou com saudade... só isso!
    H - Ok meu amor... Desculpe-me se fui grosso. Tá.. eu te amo!
    M - Eu também!
    M - Posso futricar no seu celular?
    H - Prá quê?
    M - Sei lá! Joguinho!
    H - Você quer meu celular prá jogar?
    M - É.
    H - Tem certeza?
    M - Sim.
    H - Liga o computador... lá tem um monte de joguinhos!
    M - Não sei mexer naquela lata velha!
    H - Lata velha? Comprei pra a gente mês passado!
    M - Tá.. ok... então leva o celular senão eu vou futricar...
    H - Pode mexer então... não tem nada lá mesmo...
    M - É?
    H - É.
    M - Então onde está?
    H - O quê?
    M - O que deveria estar no celular mas não está...
    H - Como!?
    M - Nada! Esquece!
    H - Tá nervosa?
    M - Não... tô não...
    H - Então vou!
    M - Ei!
    H - Que ééééééé?
    M - Não quero mais sorvete não!
    H - Ah é?
    M - É!
     H - Então eu também não vou sair mais não!
    M - Ah é?
    H - É.
    M - Oba! Vai ficar comigo?
    H - Não vou não... cansei... vou dormir!
    M - Prefere dormir do que ficar comigo?
    H - Não... vou dormir, só isso!
    M - Está nervoso?
    H - Claro, porra!!!
    M - Por que você não vai dar uma volta para espairecer?

                                   (Luis Fernando Veríssimo)